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Você precisa do ClubHouse?

Uma nova rede social surgiu e só quem é convidado pode entrar. Restrita aos celulares com sistema operacional IOS, a chegada do Clubhouse gerou furor e está dominando os assuntos no ambiente virtual. Sem questionar se a ferramenta é útil ou divertida, milhares de pessoas já buscam por convites, ávidos por um post mostrando que já fazem parte da tribo.

Apesar do aplicativo estar ativo desde março de 2020, o Clubhouse ascendeu de fato com a adesão de personalidades como Elon Musk e Mark Zuckerberg. No Brasil, Anitta, Felipe Neto e Luciano Huck são algumas celebridades que possuem perfil e milhares de seguidores na rede social. Em meio ao frenesi, influencers de diversos nichos começaram a compartilhar suas salas virtuais lotadas, aumentando a sensação de necessidade de fazer parte desse acontecimento e não ficar para trás.

Tem um nome para essa sensação, FOMO (sigla em inglês que significa “fear of missing out”), que significa, justamente, o medo de ficar de fora de alguma novidade. O termo surgiu em 1996, mas se popularizou com o surgimento das mídias sociais. Sintomas como não conseguir ficar longe do celular, sentir-se incomodado por não ver os posts de amigos ou não se conter até conferir a última notificação que chegou no seu aparelho são características de quem tem FOMO. No geral, o usuário tem medo de ser esquecido, preterido pelas pessoas que o cercam.

Por isso, é importante conhecer o Clubhouse e descobrir se a rede é realmente importante para sua vida, para os seus negócios ou para o seu propósito. O Clubhouse é, basicamente, uma rede social de áudios. Imagina uma live sem a imagem dos participantes ou uma masterclass sem que vejamos o palestrante? Sabe aqueles seminários e congressos que você pagava para participar e ganhar um certificado no final quando fazia faculdade? O Clubhouse é um grande seminário, para o qual você recebeu um convite para escutar palestras e conversas, estilo podcast.

É isso! Salas temáticas, onde acontecem papos, debates, seminários e masterclasses apenas por voz e ao vivo. O diferencial é que os moderadores das salas podem autorizar você a contribuir com o debate. Ou seja, se você, conseguir dentro do seu nicho, criar vínculos que lhe permitam participar de um bate-papo com o Elon Musk, o ClubHouse pode ser um espaço de networking e concretização da sua carreira como especialista no assunto. Fica a pergunta: será que você realmente precisa se cadastrar em mais um aplicativo de rede social?

Um detalhe que o Clubhouse trouxe à tona é o poder da retórica e da oratória. A ferramenta não oferece nenhum recurso a não ser a voz, que vem acompanhada da entonação, da dicção e da capacidade de organizar as ideias ao vivo. Não existe filtro, sua imagem, nem emojis, só sua capacidade de se expressar e comunicar. A oratória nunca foi tão central em uma rede social. Se encarada como exercício, a rede social pode render bons frutos.

Mas, nem todos podem se animar. Por enquanto, o aplicativo está disponível apenas para iphones. Se pensarmos bem, os usuários de android, que têm a previsão de acesso só em março de 2021, terão uma grande vantagem para o combate ao FOMO; o tempo. Androiders poderão avaliar se vale a pena ter mais uma rede social no seu aparelho e analisar se o Clubhouse traz mais benefícios que desperdício de energia.

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